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Archive for outubro \28\-03:30 2020

Toda Psicologia e mais…

Toda Psicologia se resume a isso:

Se entregar a Si mesmo.

Que é o mesmo que:

Ser sincero consigo mesmo.

Que é o mesmo que:

Conhece-te a ti mesmo.

Só é possível ser sincero quando não se é condicionado.

Só é “si mesmo” sem nome aquele que é Livre.

Só é aquele que é incondicionado.

Só duas coisas são incondicionadas no humano:

Amor e Vontade.

Amor e Vontade são desinteressados, sinceros, incondicionados e imperecíveis.

O caminho para ser sincero consigo mesmo é ser sincero com o nosso Amor e nossa Vontade.

Amor não é desejo.

Vontade não é desejo.

É um confusão da linguagem que custa muito caro ao Ser humano.

Desejo é o oposto de Medo.

Sedução é o Oposto de Raiva.

Desejo, Medo, Sedução e Raiva são condicionados a um objeto (humano ou natural)

Desejo nos impele a nos aproximar de um objeto.

Sedução nos impele a fazer o objeto se aproximar de nós.

Raiva nos impele a afastar o objeto de nós.

Medo nos impele a nos afastarmos do objeto.

Raiva e Medo são irmãos gêmeos aversivos.

Desejo e Sedução são irmãos gêmeos atrativos.

A todos esses os humanos se condicionam e se escravizam no uso de seu tempo de vida.

Amor não se destina a cumprir nada ou agradar a ninguém, é sincero, incondicionado e eterno. É em si mesmo. É causa humana.

Assim também Vontade não se destina ao objeto ou meta, é incondicionada e não se esgota com a conclusão de seu objetivo.

Então, todo Ato de Vontade é um Ato de Amor, e todo Ato de Amor é um Ato de Vontade.

Vontade e Amor são a mesma coisa dividida somente para a Consciência.

Um Grande Professor ainda acrescentou a “Amor e Vontade” a Inteligência.

Todo Ato de Amor e Vontade é Inteligente, eficiente e harmônico com o cenário e o ambiente.

Inteligência não é mera racionalidade.

O humano que se diz extremamente racional também é extremamente condicionado.

O General extremamente racional será vencido, pois, a lógica sempre leva à conclusões próximas e inevitáveis. É previsível e fácil de emboscar.

A Inteligência é natural e Criativa.

Vive livre aquele que compreende que Amor, Vontade, e, naturalmente, Inteligência, são os parâmetros da Vida.

Desinteressado, Feliz e misteriosamente Eficiente.

Vida e Morte

No dia em que a Morte vier me beijar, Bela e Branca,

Quero estar bem vestido para Ela.

Acompanharia a Dama da Morte com o máximo de Elegância que eu conseguisse.

Vivi bem. Deixaria a Vida em Paz.

O Amor é eterno, não ocupa espaço e só aumenta.

(Um projeto digno de um Deus – sempre me admiro)

Só isso eu levaria comigo. Ainda que pudesse levar mais.

Vivi com Grandes Espíritos e os laços de Amor são eternos.

Busquei a Coragem e fui abençoado pela Vida.

Nada do que desfrutei é mérito meu. Tudo é Graça.

Já não odeio meus inimigos, tenho uma saudável preguiça.

E ainda que eles não saibam, os que não me mataram foram Fontes de Força para mim. Algo que valorizo.

Vivi com meus Irmãos.

Sorri com a minha Família.

O que mais eu desejaria?

Tudo foi Graça e Aprendizado.

Eu deixaria a Dama da Vida com um demorado Beijo na Boca,

E espero que tenha a Honra de receber o Beijo da Dama da Morte com Elegância.

Do Mago

Enquanto Arthur esperava o Sono necessário ao Guerreiro disciplinado, Merlin, começou a história:

“Desde nascida aquela criança buscava ser algo que não sabia o nome, mas sabia o significado.

Queria ser Poderoso e Justo à maneira sabiamente natural de uma Criança.

Combater o Mal, cultivar o Bem.

Com a nobreza que não pode faltar à ignorância.

A criança aceitou o nome de “Mago” ao seu projeto, quando a ensinaram dessa forma.

Pensou, Sentiu, Agiu, Respirou,

Estudou, Trabalhou, foi Pobre, foi Rico,

Ganhou, Perdeu, Amou, Odiou,

Foi Forte, foi Fraco, foi Covarde, foi Bravo,

Se afastou do seu Projeto, Se aproximou

Se afastou novamente, e aproximou novamente…

Viveu.

Em certo ponto encontrou a Si mesmo.

Sinceramente.

Sem expectativas.

Não era Grande nem Forte, nem Pequeno nem Fraco.

Tornou-se o Mago. Compreendeu o Poder e a teia necessária da Realidade.

No momento em que pode dominar o mundo,

Foi o mesmo momento que compreendeu o mito do Cristo negando a tentação do demônio que lhe oferecia o domínio sobre o mundo. E porque o Cristo não quis se libertar da Cruz.

Foi o mesmo momento que compreendeu um pouco mais Paracelso.

Diante da Possibilidade, o Mago disse:

‘Eu não ousaria alterar uma gota sequer de Realidade.

Quão cego, egoísta e fraco eu seria.

Não o faria por Amor ao Pai.

Seja feita a Vossa Vontade, Pai, na Sua Mão entrego meu Espírito.’

E Agora descansa, Arthur.”

Da Continuidade entre Tudo

Deus experimenta a separatividade através de nós.

A ignorância é um problema nosso, não Dele.

A Totalidade é o Uno. Não há separatividade que não seja abstração.

Consciência e a Escolha de ser Forte

Nem o melhor pai ou a melhor mãe do mundo,

Nem o pior pai ou a pior mãe do mundo,

Nem todos os condicionamentos,

Nem todos os hábitos sobre os quais construímos a nossa Personalidade,

Nem todas as bençãos,

Nem todas as tragédias,

Nada diminui o potencial da Consciência.

Todo aquele que tem a oportunidade de se deparar com a conscientização,

Todo aquele que tem o mérito de se conscientizar de si mesmo,

Ganha o Presente da Consciência no tempo presente.

O Presente da Consciência é a Escolha.

A Escolha é sempre inevitável e sempre um Tridente:

Na ponta do meio a escolha de não escolher, no mínimo, inevitável.

Na ponta do Honra e da Dignidade a escolha de enfrentar a Verdade, sair da zona de conforto, mudar-se, construir-se humildemente, reconhecer que o pouco que podemos hoje é tudo no fluxo do Tempo.

Em pequenos sucessos, grandes sucessos ou fracassos momentâneos, essa é a escolha do Forte. Humilde e Resiliente, não necessariamente talentoso a princípio.

Na ponta da Covardia e do Parasitismo a escolha do sofista de distorcer a verdade, mentir para si mesmo, mentir para o mundo, culpar e amaldiçoar todas as possibilidades da Vida, se colocar no “pedestal de vítima”, vestir a “coroa do injustiçado”.

Fracassando ou usurpando o sucesso, rancoroso e medroso, ainda que talentoso, essa é a escolha do fraco.