ÓBVIO 1

Não há descontinuidade entre a Natureza e o Universo e o que consideramos “Humano”.

O Humano, ainda que criativo e consciente, deriva da evolução natural da Vida no Universo.

A Consciência é (até agora e improvável que seja para toda eternidade) uma ferramenta exclusivamente Humana.

A Inteligência não é exclusividade Humana.

A Inteligência embutida nas Leis que regem a Natureza e seus Projetos (galáxias, estrelas, planetas, seres vivos, moléculas e partículas) é inegável.

(Basta olhar uma das usinas que chamamos de “vegetais” que até hoje não conseguimos replicar a forma de geração de energia.)

A Inteligência Natural, ainda que impessoal, produziu no seu desenrolar evolutivo a Inteligência Humana.

A Inteligência Humana é tanto mais inteligente quanto mais se utilizar da Inteligência Natural presente no Universo para conhecer mais, contemplar mais e produzir mais efeitos que sejam harmônicos à expansão criativa das formas de vida.

A Inteligência Humana é uma ferramenta da Consciência Humana.

A Consciência Humana é uma ferramenta da Natureza.

Quanto mais ampla a Consciência mais ela é capaz de experimentar.

Acreditar que sabemos o que não sabemos é a maior estupidez possível a um  humano.

Reconhecer rigorosamente o conhecimento e admitir sem mesquinhez o desconhecimento é poderoso, óbvio, e o primeiro passo para qualquer aprendizado.

ÓBVIO 2

Todos os problemas de causa humana derivam do egocentrismo.

Isso inclui a Justiça esquecida pelo Direito e seus ditadores, as atrocidades e corrupções na Política, os massacres e as guerras que violentam inocentes, as explorações e escravizações de todas as formas de vida (humanas ou não), as “vitimizações autoritárias” e os “autoritarismos normalizados”;

Isso também inclui a falta de criticidade sobre os próprios erros pessoais, o silêncio diante de injustiças, as mentiras destinadas a amenizar tensões, a violência disfarçada em ironias e todas as covardias diante das infidelidades para conosco e para com os demais, todos os “comportamentos de manada pacíficos” e as “idiossincrasias massificadas e imbecis”;

Algum egoísmo é, em certa medida, justo e necessário à sobrevivência.

O egocentrismo é outra coisa.

O egocentrismo é o modo de funcionamento da Consciência que toma o indivíduo como “referência de unidade” universal para avaliar todos os valores do Universo.

O egocentrismo é, em última análise: burro, parasitário e dispensável.

A invenção humana do “egocentrismo” inverte a lógica sistêmica do Universo. Ele busca forçar o funcionamento de todo o sistema em função de uma “parte”. Quando, na verdade, não há centro no sistema, já que é composto de partes funcionalmente relevantes na resultante total.

O egocentrismo, naturalmente desenvolvido em humanos é, naturalmente, parte do Universo real.

Contudo, em escala humana, o egocentrismo é superável e dispensável.

Toda solução humana depende do desenvolvimento da ferramenta da Consciência.

Todos os problemas com causas humanas (jurídicos, políticos, econômicos, culturais, etc.) podem ser discriminados especificamente e solucionados especificamente a custo de muito sofrimento, ou, podem ser combatidos com maior custo benefício investindo na grande ferramenta dessa espécie: a Consciência.

Vontade

Vontade é o não nascido fenômeno da Natureza.
Silenciosa e Reta.
Caos e Ordem são seus filhos gêmeos, Eternos e infinitos do Universo,
Senhores do Tempo e do Espaço.
Na falta da linguagem: Vontade É.
Silenciosa e Reta.
Sem a bipolaridade de “ser” ou “não ser”.
Soberana a ponto de sobrepor a Ordem
Suprema a ponto de domar o Caos.

Linha de existência, antes de equilíbrio.